Quatro Câmaras do distrito de Leiria vão ser lideradas no próximo mandato por movimentos independentes, somando-se a Peniche os municípios da Batalha, Caldas da Rainha e Marinha Grande, e com PS e PSD a dividirem as restantes 12 autarquias.
Segundo dados das eleições autárquicas de domingo já disponibilizados pelo Ministério da Administração Interna, em Peniche o Grupo de Cidadãos Eleitores segurou a Câmara com o mesmo cabeça de lista, Henrique Bertino, mas continua sem maioria absoluta.
Já o movimento “Batalha é de todos”, liderado pelo ex-presidente da Câmara da Batalha e de Leiria, Raul Castro, tirou esta autarquia ao PSD.
Outro movimento independente — “Vamos Mudar”, encabeçado por Vítor Marques – ganhou Caldas da Rainha, acabando com 36 anos de poder social-democrata neste concelho. Desde as primeiras eleições autárquicas, em 1976, apenas em um mandato, entre 1982 e 1985, o PSD não governou este município, que foi por três anos CDS.
Os independentes vão também governar a Marinha Grande. Aurélio Ferreira, o cabeça de lista do +MpM (que integra os movimentos pela Marinha e +Concelho) é o futuro presidente da Câmara, sucedendo ao PS, mas não conseguiu alcançar a maioria absoluta.
Mudanças também se registaram no norte do distrito, com o PS a regressar à liderança de Castanheira de Pera (derrotando o PSD, mas sem maioria absoluta), enquanto os sociais-democratas fizeram o mesmo aos socialistas em Pedrógão Grande, mas atingindo a maioria absoluta.
A capital de distrito — Leiria – manteve-se igual. O PS continua com o mesmo número de mandatos (oito), assim como o PSD (três).
Nas Câmaras de Ansião, Bombarral, Nazaré e Figueiró dos Vinhos não há alterações — o PS continua a governar – mas perdeu a maioria absoluta neste último concelho.
Por sua vez, os sociais-democratas mantêm-se na liderança dos municípios de Alcobaça, Alvaiázere, Óbidos, Pombal e Porto de Mós.
Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD tinha conquistado oito câmaras, o PS sete e os independentes um município.