Economia

Monte real com caracterização económica muito própria, vive do Turismo, derivado a sua vertente termal de a muitos anos conhecida, e reconhecida internacionalmente. Mas também parte da sua economia e da responsabilidade da Base Aérea nº 5, onde muitas pessoas da região directa e indirectamente estão dependentes.

A caracterização económica de Leiria assenta, nos dias de hoje, pela seguinte ordem de importância: o sector terciário é o que tem maior relevo, seguido pelo secundário e com menor predominância o primário. A caracterização da economia de Leiria remonta à época medieval, tendo sido, nessa altura um centro económico rico onde predominava o comércio de cereais e produtos alimentares, madeira, minérios e produtos artesanais.

 

Por volta de 1312, o final das guerras da reconquista conduziu esta zona no sentido da colonização e fomento da agricultura. Nesta época foi também semeado o pinhal, factor decisivo no desenvolvimento industrial. Já no século XV, Leiria fica na história ao tornar-se a primeira cidade portuguesa a iniciar o fabrico de papel. Hoje em dia, o destaque vai para os sectores secundário e terciário já que são aqueles que empregam a maior parte da população activa. Actualmente Leiria vive sobretudo do Comércio, Agro-pecuária e Indústria. Das empresas registadas no concelho, a maior parte dedicada-se ao comércio (grosso e retalho), reparação de automóveis e bens de uso pessoal, seguidas da construção civil, indústrias transformadoras e, por último, empresas dedicadas à agricultura, produção animal, caça e silvicultura.

 

Na indústria destaca-se o fabrico de plásticos, cimento e objectos de cerâmica.

Apesar de o espaço empresarial ser constituído por pequenas e médias empresas, o desenvolvimento da economia no concelho tem fomentado a criação de emprego. Também a existência de várias instituições de ensino superior tem permitido uma maior qualificação da mão-de-obra relativamente às actividades em expansão na zona. Apesar de, nos dias de hoje, ser o sector com menor predominância, o sector primário encontra-se marcado quer pelo impressionante pinhal, quer pelo rio Lis, cujas águas tornam as terras férteis, permitindo uma actividade mercantil e industrial que promovem iniciativas e vivências várias em Leiria. Actualmente podemos considerar como culturas tradicionais da região, o cultivo do arroz, da fruta, do milho, do feijão, a hortaliça e as árvores de fruto. A produção vinícola é predominante e os vinhos da região são de elevada graduação alcoólica.

 

Abertura de Monte Real a aviação civil discutida

O Parlamento debate sexta-feira um projecto de resolução do PSD que prevê a abertura à aviação civil da Base de Monte Real, solução que os sociais-democratas dizem permitir descongestionar os aeroportos da Portela e Francisco Sá Carneiro.

Segundo o texto do projecto de resolução, a que a Lusa teve acesso, num contexto de plena crise económica e financeira, a concretização de tal projecto poderia – com custos reduzidos – vir a contribuir decisivamente para que o novo aeroporto de Alcochete pudesse ser construído de uma forma faseada.

Defendem ainda os parlamentares social-democratas que a abertura da Base Aérea de Monte Real (BA5) à aviação civil constituiria um expressivo e muito relevante indicador de sinal contrário [à crise económica], combatendo a hemorragia da desertificação do interior do país.

 

Benefícios para região Centro

O projecto de resolução do PSD sublinha igualmente os impactes ao nível económico e social que tal decisão poderia ter no tecido produtivo da região Centro – onde vivem mais de 2,3 milhões de habitantes (quase um quarto da população do país) e que representa 19,2 por cento do PIB nacional -, sobretudo ao nível das pequenas e médias empresas.

A concretização de tal solução impulsionaria fortemente o desenvolvimento turístico de toda a região Centro do país, nomeadamente o turismo ligado à prática do Golf e dos desportos da neve – na Serra da Estrela e áreas circundantes -, à praia e o turismo religioso, refere o texto.

 

Ideia data de 2005

A abertura da BA5 à aviação civil e comercial não é algo de novo. Em Fevereiro de 2005, foi assinado um protocolo entre os Ministérios da Defesa Nacional e das Obras Públicas, Transportes e Comunicações para a promoção e desenvolvimento de um projecto para a inclusão da operação civil e comercial aeronáutica nas actividades da Base.

O acordo determinava a sua imediata entrada em vigor, instituindo um período de vigência de um ano, prorrogável por mais tempo. Mas em 2006, o actual Governo optou pela não prorrogação, alegando que o Ministério das Obras Públicas estava a desenvolver um estudo para a criação de um Plano Estratégico Nacional para o Sector Aeronáutico.

No projecto de resolução, o PSD recorda ainda que têm sido promovidas diversas iniciativas por variados sectores da sociedade civil, em parceria com entidades públicas como a empresa pública ANA – Aeroportos e Navegação Aérea, a NAV Portugal, o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), as Universidades de Aveiro e de Coimbra, o Instituto Politécnico de Leiria e as próprias Forças Armadas, para criar as condições para a abertura da BA5 à aviação civil.